Você já falou assim com alguma criança? Provavelmente já escutou alguém falando, ou inclusive, escutou muito isso de seus pais! Hoje quero refletir sobre essa maneira de intervir em um comportamento inadequado da criança, que acaba por se utilizar da intimidação como instrumento (mesmo que não haja essa intenção).
Imagine que você cometa um erro, não por QUERER errar mas porque não tinha o conhecimento adequado ainda (aprendemos por repetição). Como se sentiria ao escutar de uma pessoa que ama e seja referência para seu aprendizado "que coisa mais feia!!” Acredito que, no mínimo, se sentiria constrangido e inadequado - ou até com raiva. Talvez se sentiria melhor se fosse acolhido e orientado, não é verdade? E, possivelmente, aprenderia de uma forma mais saudável e consistente!
Compreende a diferença?
Quando seu filho (ou qualquer outra criança que esteja em sua responsabilidade) estiver apresentando um comportamento indesejado, procure substituir uma palavra que apenas classifica e julga, por outra que dê um real sentido à sua ação e consequência. Por exemplo: “Não pode bater no amiguinho porque MACHUCA” ou “É muito importante que você cumprimente as pessoas com gentileza pois todos gostamos de ser bem tratados, concorda meu filho?” Esses são apenas alguns exemplos, mas existe uma infinidade de situações em que poderemos colocar em prática o ensinamento do sentido das ações, evitando colocar em nossas crianças a crença de serem inadequadas por cometer erros.
Comments