Elogios é sempre muito bom, não é? Depende! E você vai entender um pouquinho dessa relativização. Se você gosta de usá-lo como recurso, te convido a analisar alguns pontos:
Você é daqueles que elogia seu filho o tempo todo e bate palma para tudo que ele faz, mesmo antes dele concluir? Assemelhando-se, assim, à pais “no país das maravilhas” que evitam espaço para contato real com as frustrações.
Ou então, seria daqueles que elogia seu filho apenas quando conquista algo, quando alcança um bom resultado? Ou seja, aquele resultado esperado por você? Que mal se aguenta ao percebê-lo errando ao tentar executar algo e já está lá “corrigindo-o” ou tentando ensiná-lo a maneira “correta”? Neste caso, assemelhando-se a um perfil controlador.
Ou você consegue perceber a importância do elogio pelo seu esforço em aprender algo, independente do resultado que ele alcance? Neste caso, você exerce o papel de suporte e deseja que ele reconheça sua capacidade e persistência, ensinando que o erro é um degrau na escada do aprendizado.
Agora uma pergunta que considero extremamente importante em nossa reflexão: o que você deseja proporcionar ao elogiar seu filho? Que ele relacione sua capacidade ao reconhecimento alheio, tornando-o dependente disso? Ou que ele relacione sua capacidade e satisfação consigo mesmo? A sua resposta irá direcionar a sua maneira de elogiar!
Se você deseja contribuir para uma boa construção da autoestima do seu filho e para que seja um adulto independente emocionalmente, no mínimo escolherá adotar a terceira opção de perfil dos pais que elogiam. Aqueles que direcionam o foco no processo da execução e não apenas no resultado.
E agora uma dica de ouro para lhe auxiliar no seu papel de suporte do processo de construção da independência emocional do seu filho: antes de elogiar o que ele realizou (normalmente eles nos procuram buscando o reconhecimento), pergunte se ele gostou ou o que percebeu do que produziu. Isso fará que ele direcione o foco para si, para o que está sentindo, fazendo-o perceber sua própria satisfação ou não.
Mas e o prazer de compartilhar com as pessoas importantes uma conquista?! Como fica?! Pode ficar tranquilo que ele perceberá em seu olhar e suas expressões o tamanho da sua satisfação ao vê-lo progredindo e conquistando seu espaço no mundo! E, em alguns momentos, comemore com ele sim! Mas lembrando-se que o foco é a felicidade do seu filho pela crença em sua própria capacidade, e não apenas porque fez seu pai ou mãe felizes!
Faz algum sentido pra você? Então vamos juntos nessa rede de apoio para construção de novos conhecimentos e novas formas de educar!
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