top of page
Foto do escritorMayani Giuberti

Como agir diante das birras?

Primeiramente, é importante entender que as famosas birras, constituem-se em reações cerebrais primitivas da criança, principalmente nas menores de 5 anos. Seu cérebro, ainda em formação, não possui a parte responsável pela capacidade de se autorregular, ou seja, de controlar-se. Unicamente o que fala, em um momento de raiva ou frustração, é a reatividade e o impulso da descarga emocional.


Compreender esse motivo confere aos pais uma maior capacidade de conduzirem melhor suas ações. Quando você toma conhecimento do funcionamento cerebral infantil (com predomínio da parte primitiva ou racional), isso te permite perceber a existência de 2 tipos diferentes de ataques de birra e, consequentemente, conduzir de formas distintas. Vejamos:


Existe aquela birra em que a criança decide agir com apelos dramáticos para conseguir o que quer e você percebe que este comportamento pode cessar caso atenda à sua exigência ou intervenha por meio da consequência lógica (já falado em outra publicação). Por exemplo: vocês estão passeando em um shopping e a criança vê aquele brinquedo do seu personagem favorito e te pede insistentemente até perceber que você não irá atendê-la (pois ela já tem vários do tipo), quando começa a chorar escandalosamente dizendo que quer aquilo. Você percebe a estratégia dela e sabe que se atender ao seu pedido, ela repetirá a estratégia diversas vezes. Sendo assim, esse tipo de ataque de birra exige intervenções que estabeleçam limites firmes e colocações claras sobre o comportamento inadequado e sua possível consequência. E uma boa reação seria conversar, gentil e firmemente, que compreende seu desejo, mas que ela não está agindo da maneira mais apropriada; e que, se não parar com aquela atitude naquele momento, será necessário irem embora pois ela não está conseguindo mais aproveitar o passeio. E, caso o comportamento não pare, vá até o fim. Ao oferecer esse tipo de limite, a tendência é que a criança deixe de adotar essa estratégia por perceber ser ineficaz.


Já o ataque de birra genuíno, manifestado pela parte cerebral primitiva, é totalmente diferente. Neste caso, a criança (normalmente abaixo dos 4 anos) fica tão perturbada que ela não consegue mais acessar a parte racional de seu cérebro e usar habilidades de pensar em consequências ou resolver problemas. Ela fica numa situação de desintegração que requer dos pais uma resposta bem diferente da anterior. Dessa forma, a primeira atitude que o adulto precisa tomar é se conectar com a criança para ajudá-la a se acalmar (toques carinhosos e voz tranquilizadora) e só então redirecionar, seja para outro foco (distração) ou para uma breve conversa sobre o que aconteceu, acolhendo o que ela sentiu e direcionando para uma solução.


Vale lembrar que, em ambas as situações, o ato de se conectar com a criança, mostrando que lhe entende mesmo não concordando, desvalida apenas o comportamento dela e não sua pessoa.




8 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page